Avaliação bilionária: Flamengo lideraria ranking nacional
Em entrevista ao programa CNN Esportes S/A, o ex-presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, revelou que o clube carioca teria uma das maiores avaliações da história do futebol brasileiro, caso optasse por se transformar em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Segundo ele, os números do Rubro-Negro ultraariam qualquer outro concorrente no país.
“Eu acredito que o Flamengo, como instituição, considerando os múltiplos de mercado e o potencial de crescimento teria uma avaliação próxima de 1 bilhão de dólares. Isso dá quase R$6 bilhões. Seria, com folga, a maior SAF do Brasil”, afirmou Landim, surpreendendo até os analistas mais otimistas.
Flamengo não cogita SAF, diz Landim
Apesar do valor astronômico, o ex-dirigente descartou qualquer possibilidade imediata do clube adotar o modelo SAF. Segundo ele, o Flamengo vive uma fase financeira estável e não vê motivos urgentes para mudar sua estrutura jurídica. Landim foi enfático ao dizer que a SAF ainda é, em muitos casos, uma alternativa para clubes em crise.
“Não acredito que o Flamengo precise disso. Hoje, a SAF serve mais como um bote salva-vidas. O Flamengo não está afundando, pelo contrário. Conseguimos construir uma base sólida, temos receitas estáveis e competimos em alto nível na América do Sul”, explicou.
Paixão acima da lógica empresarial
Outro ponto abordado por Landim foi a diferença entre o futebol e o mundo corporativo tradicional. Para ele, as emoções e a paixão da torcida tornam a lógica empresarial limitada quando se trata de clubes como o Flamengo. Além disso, ele levantou um alerta: transformar o clube em SAF poderia retirar o poder dos sócios sobre o futuro da instituição.

Ex-presidente criticou a atual istração. Foto: Daniel Apuy/Getty Images
“Futebol não segue a racionalidade do mercado. Se fosse só lógica, metade dos clubes não existiria mais. No caso do Flamengo, há uma responsabilidade histórica com o torcedor e com o sócio. Vender o clube significa tirar a voz de quem construiu tudo isso. O sócio deixa de decidir, perde o direito de participar”, criticou.
As declarações de Landim geraram forte repercussão entre torcedores, conselheiros e profissionais do mercado esportivo. Enquanto muitos enxergam a SAF como um caminho inevitável para a modernização dos clubes, o ex-presidente rubro-negro aposta em um modelo de gestão eficiente e autônomo como alternativa viável.
A revelação reacende o debate sobre o futuro das associações esportivas no Brasil, especialmente em um momento em que diversos clubes — como Vasco, Botafogo e Cruzeiro — já aderiram ao modelo SAF.